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terça-feira, 16 de abril de 2013

MAMA

Mama-EUA
Ano: 2013 - Dirigido por: Andres Muschietti

Sinopse: Quando o pai de Victoria e Lilly mata a mãe das garotas, as crianças fogem assustadas para uma floresta. Durante cinco anos, ninguém tem notícia do paradeiro delas, até o dia em que elas reaparecerem, sem explicarem como sobreviveram sozinhas. Os tios das duas, Lucas (Nikolaj Coster-Waldau) e Annabel (Jessica Chastain) adotam Victoria e Lilly e tentam dar uma vida tranquila às duas, mas logo eles percebem que existe algo errado. As duas conversam frequentemente com uma entidade invisível, que chamam de "Mama". Lucas e Annabel não sabem se acreditam nas meninas, ou se devem culpá-las pelos estranhos acontecimentos na casa.


O gênero terror em Hollywood ultimamente vêm passando por uma fase complicada com exemplares cada vez mais descartáveis, exagerados e visualmente patéticos e ridículos, sem falar do abuso excessivo de clichês que tornam a experiência ainda mais embaraçosa. Existem suas exceções como “O Chamado” e “Os Outros”, porém, o número de filmes marcantes do gênero nos últimos anos em relação à quantidade que é produzida é mínima, e grande parte são lançados direto para home vídeo. 

E terror não necessariamente necessita do excesso de trilha sonora, de pessoas sendo mortas e sangue jorrando sem parar na tela, necessita-se de uma história que seja plausível e que construa bem todo o problema chave do filme, seja ele de monstro, de espírito, de assassinos, etc. E é nisso que a grande maioria erra. Não sabem construir a história e perdem o foco do objetivo caindo grande parte das vezes nos problemas já citados acima. 


Ainda que falho, clichê e pouco surpreendente, “Mama” felizmente consegue se mostrar um exemplar eficiente, que foca não unicamente no susto, mas em criar tensão através de sua história. 

O filme foca na construção do ser em questão, a tal da “Mama”, e temos cenas assustadoras não por querer mostrar a aparência horrenda de seu espírito ou criar sustos, mas sim, por ativar nossa imaginação a pensar no perigo que os personagens correm. Uma sequencia que gosto muito é quando a câmera está parada pegando toda a parte de cima da casa dos protagonistas, e uma das crianças está no quarto brincando com a Mama. As únicas pessoas que estão na casa nesse momento são as duas meninas protagonistas e a namorada do tio delas interpretada pela Jessica Chastain, e enquanto é mostrado em primeiro plano uma das irmãs brincando no quarto, logo em seguida aparece à personagem da Chastain recolhendo a roupa no corredor e em seguida a outra irmã no final do corredor conversando com ela. E nisso a garotinha dentro do quarto continua brincando, com isso, logo percebemos que ela está com o tal ser que dá nome ao filme. 


Portanto, são nesses detalhes que se encontra a eficácia de “Mama”, produzido por Guilherme Del Toro que possui experiência com obras do gênero. Em meio a tantos filmes bobos hoje em dia, “Mama” consegue prender a nossa atenção, deixando-nos apreensivo e interessado em prosseguir com a história. Vale a pena conferir!

Nota: «««««

Comentário por Matheus C. Vilela

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