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terça-feira, 16 de abril de 2013

A HOSPEDEIRA

The Host-EUA
Ano: 2013 - Dirigido por: Andrew Niccol

Sinopse: A fome e a violência foram erradicadas da Terra, bem como os problemas climáticos do planeta foram resolvidos. Estes feitos foram conquistados graças aos seres alienígenas conhecidos como almas, que ocupam corpos humanos como se fossem parasitas. Pregando uma sociedade baseada na paz, as almas perseguem os poucos humanos que ainda não foram dominados. Um deles é Melanie Stryder (Saoirse Ronan), que se sacrifica para que o irmão caçula, Jamie (Chandler Canterbury), possa escapar. Melanie passa a ser dominada por uma alma chamada Peregrina, que tem por missão vasculhar suas memórias para encontrar rastros de outros humanos. Entretanto, a consciência de Melanie ainda está viva dentro do corpo, o que faz com que Peregrina tenha que lidar com ela constantemente. Com o tempo, a alma fica cada vez mais fascinada com a vida e os sentimentos que Melanie tinha e passa a protegê-la de Buscadora (Diane Kruger), que deseja capturar seus amigos humanos o quanto antes.


Como “Crepúsculo” já acabou nem vale o esforço de ficar falando sobre a série, pois as coisas ruins do passado não merecem ser lembradas, e sim, esquecidas. E também não vêm ao caso. Mas o que se trata e da autora Stephanie Meyer que utiliza todo o seu talento nos levando a um mundo onde alienígenas se apossaram do corpo da maioria dos seres humanos do planeta Terra, e após isso, conseguiram fazer do planeta um lugar de paz, harmonia, respeito, sem fome, violência ou todo e qualquer tipo de problemas sociais. 

Antes embarcando na fantasia, agora Meyer trilha os rumos da ficção cientifica, mas sem deixar de lado sua fixação pelo romance e injeta aqui outro triangulo amoroso entre adolescentes. 


Não li o livro e falo logo de cara que pouco me interessa, mas existem obviamente os defensores da obra literária alegando que os livros de Meyer são melhores e mais detalhados que as adaptações cinematográficas proveniente deles. Através desse ponto eu não sei, mas dou minha opinião sobre o filme como filme, e não como adaptação. 

Como filme, “A Hospedeira” consegue ser patético, cafona e sem graça tanto quanto os quatro filmes da “Saga Crepúsculo”. Talvez se escrito por alguém como Philip K. Dick, o lado ficção seria no mínimo interessante, mas aqui o que temos é um pano de fundo para o desenrolar do romance e da exposição de opiniões da autora em relação aos humanos, que diz ser uma raça sem respeito que gera guerras por interesses e não se importam com o bem do seu próximo. Isso não deixa de ser verdade, mas a crítica é passada tão descaradamente que o filme vira um manifesto assumido em certos momentos, e, enquanto não é isso, temos um triangulo amoroso onde a protagonista está entre dois sujeitos, um deles apaixonado pela criatura alienígena que habita na garota chamada Melanie (daí o nome hospedeira) e o outro pela verdadeira Melanie que não consegue se expressar e se comunica através da mente com a criatura dentro de si. 


Nem todos os humanos ao serem habitados por esses seres morrem de fato. Assim como a personagem principal, alguns resistem iniciando uma batalha interior dentro deles entre a pessoa e o alien chamado de Alma. No caso da personagem Melanie, ela irá mostrar para sua Alma a importância do amor e que tem como viver em paz com os humanos, pois existe uma operação que persegue os sobreviventes da invasão para captura-los e usa-los como hospedeiros. 

Resumindo, Stephanie Meyer cria tudo isso para justificar que o amor muda as pessoas, que existe solução para os problemas da humanidade se todos forem unidos e confiar um nos outros. 


Não chega a ter os absurdos e pieguices de “Crepúsculo”, mas “A Hospedeira” compartilha do mesmo ritmo arrastado, romance pouco relevante e sem nenhuma grande cena que nos faça acreditar de fato na paixão dos personagens. E o lado da ficção cientifica fica sobrepujado por esses outros interesses da autora que parece não esquecer, creio eu, do romance a três que viveu um dia em sua vida. Descartável!

Nota: «««««

Comentário por Matheus C. Vilela

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