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segunda-feira, 6 de maio de 2013

A MORTE DO DEMÔNIO

Evil Dead-EUA
Ano: 2013 - Dirigido por: Fede Alvarez

Sinopse: Mia (Jane Levy) é uma garota viciada em drogas. Ela é levada pelos amigos Olivia (Jessica Lucas) e Eric (Lou Taylor Pucci) para uma cabana isolada na floresta, no intuito de realizarem uma longa cura de desintoxicação. Para a surpresa de todos, o irmão de Mia, David (Shiloh Fernandez), rapaz afastado dos amigos e familiares há tempos, também aparece, junto de sua namorada, Natalie (Elizabeth Blackmore). Entretanto, eles são surpreendidos ao descobrirem que a cabana havia sido invadida, e que o porão parece uma espécie de altar grotesco, repleto de animais mortos. Lá eles encontram um livro antigo, trancado. Atraído, Eric resolve abri-lo e lê-lo em voz alta, sem imaginar as consequências de seus atos. Mia começa a manifestar um comportamento estranho, interpretado no início como sintoma da abstinência. No entanto, aos poucos, todos percebem que uma força demoníaca se apoderou de seu corpo.


Divulgar que determinado filme é “o filme mais apavorante que você já viu na vida” é um risco e tanto. Principalmente por criar tamanha expectativa em relação ao material e no final decepcionar por não ter alcançado aquilo que prometeu. Com este “A Morte do Demônio” acontece justamente isso, no entanto, felizmente, devido tanto à competência técnica quanto a qualidade da narrativa, o longa surpreendentemente não causa o efeito no qual divulgou, mas consegue ser uma obra angustiante, envolvente e memorável. 

Remake do clássico de 1981, também com o mesmo nome, esta nova versão respeita os elementos da versão original e traz a nostalgia daquele cinema de mutilação e mortes envolto de suspense e expectativa gerado pelas cenas. Não considero “A Morte do Demônio” um filme de terror, nem apavorante. Ele é agonizante por ter seres humanos se mutilando e matando outros, forte justamente por não esconder tal violência, mostrando assim o membro saindo, o rosto sangrando e deformado e todo tipo de ferimento pior que o outro, e feio porque também não é nada bonito ver uma pessoa em tais circunstâncias. 


Possui alguns sustos básicos, mas o que faz do filme algo tão prazeroso de assistir é por ser bem contado e desenvolvido, ter atores competentes, um ritmo sempre incessante e dinâmico e um investimento nessa tensão de se ter uma ameaça agindo ali. Não temos espaço para melodramas ou muito falatório, tudo é muito direto e focado na história. 

A versão original dirigida e escrita por Sam Raimi (da trilogia do Homem Aranha) foi um marco na época em que foi lançado e proibido em países como Finlândia, Irlanda, Islândia e Alemanha por causa de seu forte conteúdo onde não hesitava na violência e crueza das cenas. Este remake dirigido por Fede Alvarez faz a mesma coisa. Não chega a ser algo espantoso, pois hoje em dia é costumeiro assistir tal tipo de violência, mas ainda assim, o filme impressiona e enoja, no bom sentido, com suas cenas. O primeiro corte recebeu classificação nos EUA de “proibido para menores de idade”, e teve que ser reeditado recebendo uma classificação R com a permissão de menores nas salas apenas acompanhados por maiores. 


Portanto, “A Morte do Demônio” é a volta daquele velho e bom cinema de horror que fizeram de filmes como “A Hora do Pesadelo”, “O Massacre da Serra Elétrica” (o original) e até mesmo o primeiro “A Morte do Demônio”, obras tão marcantes do gênero. Filmes de violência que investiam no poder de sua violência e na criatividade das mortes. 

Um dos filmes mais empolgantes desse gênero nos últimos anos!

Nota: «««««

Comentário por Matheus C. Vilela

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